Newsletter

Quieres recibir nuestras novedades

GALERIA

As fontes de energia eólica e solar podem evitar o risco de racionamento no Brasil?


Com a atual crise hídrica, muitas medidas vêm sendo debatidas para tentar evitar o racionamento do sistema elétrico brasileiro, a principal delas, que já está sendo adotada pelo Governo Federal, é o uso de termelétricas, com o conseqüente acionamento das bandeira vermelha no nível 2. Isso tem onerado significativamente o bolso do consumidor, por exemplo, no Ceará, o custo da energia aumentou 9,71% nos últimos 12 meses, segundo o IBGE. Mas, dado o potencial eólico e solar que o Brasil - e o Nordeste - possui, não seria o investimento nessas fontes de energia uma alternativa mais barata e eficiente para tentar resolver o problema?

Especialistas avaliam que, apesar de não conseguir resolver o problema atual de forma abrangente e imediata, essa é a forma mais eficaz de evitar crises futuras. Ainda assim, no curto prazo, a geração distribuída pode ajudar a minimizar os riscos.

Sem dúvida, o potencial das energias renováveis ??no Brasil é enorme. Somente no Ceará, o potencial identificado pelo Ceará Eólico e Solar Atlas pode chegar a 94 GW em parques eólicos onshore, 117 GW em parques eólicos offshore e 643 GW em projetos fotovoltaicos.

Mas aumentar o número de fazendas ou ampliar a capacidade de produção das existentes não seria uma solução viável para resolver a crise, explica o secretário-executivo de energia e telecomunicações do Ceará, Adão Linhares. Primeiro porque não há tempo suficiente. Seria necessário realizar leilões, fazer contratos e o tempo de execução dos projetos. A competição mais próxima, marcada para o dia 25, prevê, por exemplo, que os novos projetos entrem em operação em quatro anos.

Mas ele ressalta que, se não fossem as fontes renováveis, a situação seria ainda mais grave. Linhares explica que o risco de desabastecimento existe devido à situação crítica dos reservatórios no Sudeste, que é de 30,8%, e como o sistema está interligado, todos podem acabar sendo afetados.

“Para que essa dependência das chuvas fosse moderada, não foi adotada apenas uma política de diversificação da matriz, por meio de leilões de energia, que possibilitou que outras fontes se tornassem bastante competitivas ao longo dos anos, protegendo os interesses do consumidor, mas também uma política de fortalecimento significativo do sistema de transmissão brasileiro, o Sistema Interligado Nacional (SIN) que permite aos consumidores de um canto do país consumir a energia elétrica gerada em outro quadrante brasileiro ”, informou o Ministério de Minas e Energia.

“É óbvio que se tivéssemos mais energia eólica e solar o risco agora seria menor. Mas o que foi contratado ficou dentro do que os estudos indicam como razoável para a demanda existente. Contratar mais energia de reserva também implicaria em aumento de custos e parques ociosos ”, acrescentou Linhares.

Comentarios

  • Sé el primero en comentar...


Deja tu comentario