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“A energia solar terá um papel estratégico na retomada da economia brasileira pós pandemia ”


A Review Energy conversou, com exclusividade, com Gabriel Magdalon, Gerente de Ventas para da Longi Solar Brasil,  para conversar sobre sua visão para o setor solar fotovoltaico no Brasil e as novas tendências tecnológicas apresentadas pela Longi Solar.

Em sua opinião quais são os principais obstáculos, ou desafios, que a energia solar fotovoltaica enfrenta hoje no Brasil?

O principal desafio é a segurança jurídica. Um exemplo é a resolução 482 que irá passar por algumas alterações, nós ainda não sabemos como e quando essas alterações serão colocadas em prática e isso acaba gerando insegurança para o investidor.

Outro desafio é a questão dos módulos e o ex tarifário; para conseguir isenção dos impostos de importação a maioria dos fabricantes submeteram os ex tarifários, contudo, há duas semanas o ministério alterou as regras.  Isso gera muito insegurança para os investidores que estavam considerando o ex tarifário como o base-case e agora precisam incluir essa alteração na simulação do projeto.

Outro ponto que causa muito impacto no Brasil é a questão do câmbio. O câmbio afeta muito a viabilidade dos projetos porque as receitas dos PPA no Brasil são em Reais e este ano houve mudanças muito fortes no valor do Real; o que também cria uma insegurança importante já que é difícil gerenciar esse tipo de risco.

 O Brasil atingiu a marca de 7 GW de potência instalada entre geração centralizada e distribuída. Como você vê o papel da energia solar fotovoltaica na retomada da economia neste período pós-pandêmico?

O setor solar vai na contramão da tendência do Brasil nos últimos anos, se o país está passando por crise, com PIB negativo, o setor solar, por seu lado, continua crescendo.

Este ano com a pandemia o setor solar cresceu e será essencial para a retomada da economia porque gera muito emprego, não só nas grandes capitais, mas também nos lugares mais isolados aonde os projetos são desenvolvidos; no interior da Bahia, por exemplo, onde há grandes projetos, a gente observa uma grande geração de emprego.

Outro ponto importante é que com a retomada da economia a demanda energética irá aumentar e a energia solar fotovoltaica é um projeto de rápida construção e conexão com a rede elétrica, comparada com outras tecnologias, então é uma geração com papel estratégico muito importante para o país como um todo. 

 Mudanças foram percebidas nos preços dos painéis solares nos últimos meses. A que você atribui essas alterações e quais são suas expectativas para 2021?

No início da pandemia a demanda global por módulos caiu muito por causa do lock down na Europa e nos USA e assim, por uma questão de oferta e demanda os preços dos módulos caíram. Contudo, quando os mercados começaram a reabrir e a demanda aumentou o preço foi reajustado

Além disso tivemos uma série de eventos como a explosão de uma fábrica de silício policristalino e o alagamento de outra fábrica de células fotovoltaicas  na China, diminuindo a oferta global de insumos para os módulos e elevando os preços. Ainda, estamos vivenciando um aumento dos preços do vidro; da prata; do EVA encapsulante da célula e, uma desvalorização do câmbio chinês frente ao dólar que impacta o preço final do produto.

 De junho para cá o custo do modulo aumentou quase 30%; o que nós vemos é que muito projetos acabaram sendo postergado para o ano que vem, logo a demanda por produto no próximo ano será muito alta, principalmente no primeiro trimestre e, consequentemente, nós não temos uma expectativa muito grande de queda de preços. Outra questão importante é a logística; o custo logístico sofreu um incremento muito grande este ano. 

Estamos passando por um momento delicado, mas para o próximo ano, estamos nos planejando para colocar o produto no mercado com toda sua qualidade. 

Nos últimos meses vimos mudanças na tecnologia dos painéis solares que passaram a apresentar maior potência e células maiores, como a Longi Solar está se posicionando frente a essas mudanças?  

A Longi Solar é a empresa que mais investe em pesquisa e desenvolvimento do setor; entre 5 e 7% do faturamento bruto da empresa é investido em pesquisa e desenvolvimento.

Recentemente, visando uma melhoria no custo da energia, o LCOE, lançamos nossa nova linha o Himo5, com células de 182 mm. Nós enxergamos que este novo produto trará maior custo benefício para o projeto; é um módulo maior que permite reduzir os custos de estrutura metálica; os custos de tempos de instalação e os custos logísticos e, é muito eficiente conseguindo entregar 530-545W.

Muitas pesquisas estão em desenvolvimento para melhorar a eficiência das células e, a Longi continuará na liderança, em relação à pesquisa e desenvolvimento, para tentar trazer a melhor eficiência e custo para os projetos.

 

 

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