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Pöyry Brasil: As principais barreiras para o desenvolvimento de projetos renováveis estão relacionadas à dependência de importação de componentes para sistemas de geração


A Pöyry é uma empresa internacional de engenharia, design e consultoria; como parte do grupo AFRY, eles têm mais de 17.000 especialistas dedicados nas áreas de infraestrutura, indústria e energia, operando em todo o mundo para criar soluções sustentáveis ??para a próxima geração. Eles estão fortemente alinhados à sustentabilidade ambiental e à digitalização do setor como forma de abrir caminho para maior eficiência operacional e redução de custos. Dada a sua relevância, conversamos com Giuliano Salzano, Chefe de Energias Renováveis ??da Pöyry.

 

1. A Pöyry tem apoiado seus clientes no desenvolvimento de mais de 200 projetos de energia eólica. Quais são os principais desafios para 2021 para desenvolver o negócio na região?

O Brasil está passando por uma forte mudança em sua  matriz de energia elétrica, que deve contar com uma participação maior de fontes renováveis alternativas, como eólica e solar, como forma de reduzir a dependência da energia hidráulica, cuja geração vem sendo fortemente impactada em função dos baixos índices pluviométricos registrado no País. Para os próximos anos, a Pöyry possui um pipeline de projetos anunciado que irá dobrar a capacidade instalada de energia solar e eólica. Nesse contexto, o principal desafio do setor é a disponibilidade de equipamentos e sistemas para esses projetos, que torna o desenvolvimento de fornecedores nacionais fundamental para que os projetos possam ser implantados dentro dos custos e nos prazos planejados, sem a dependência de disponibilidade de um mercado global já muito aquecido.

2. Pöyry está de olho em outros países da região para sua expansão no curto prazo?

O Brasil é o principal foco de desenvolvimento para o setor de renováveis, devido à sua grande irradiação solar e incidência de ventos, e é por aqui que a maior parte dos projetos de geração centralizada ocorrerão nos próximos 5 anos. No entanto, por atuarmos em toda a América, estamos preparados para ajudar os clientes industriais que buscam uma transição para operações mais sustentáveis, diminuindo sua pegada de carbono no consumo de energia elétrica e combustíveis fósseis.

3. Que novas oportunidades de desenvolvimento estão sendo analisadas no mercado brasileiro para este 2021? 

O mercado de energia brasileiro está vivendo um momento por fortes investimento privados na geração distribuída. Nesse contexto, oportunidades de micro e minigeração serão criadas oferecendo, de maneira mais disseminada, o acesso à tecnologias de geração de energia renovável. Veremos, nos próximos anos, diversos consumidores industriais investirem em parques eólicos e solares para a geração de energia para suas próprias instalações, transformando o perfil de consumo e de geração de energia elétrica, com impactos positivos para toda a sociedade.

4. Quais são os principais desafios para o desenvolvimento desses projetos renováveis na região da América Latina? Ainda existem barreiras legais ou regulatórias que podem ser melhoradas? 

As principais barreiras ainda enfrentadas estão relacionadas à dependência de importação de alguns componentes dos sistemas geradores. Isso porque as questões cambiais podem afetar diretamente os custos de geração e a viabilidade dos projetos. No entanto, temos visto, nos últimos anos, uma forte movimentação dos fornecedores nacionais para a fabricação desses componentes no mercado local, o que tornará a geração de energia renovável, principalmente eólica e solar, cada vez mais competitiva. 

Ainda existem diversas questões regulatórias sendo discutidas nesse momento, que buscam normalizar e equalizar aspectos que vêm à tona com a forte expansão do mercado de renováveis.

5. Em termos de tecnologia, para onde você analisa o movimento do mercado? Você está analisando a incorporação de novas linhas para atender a essas novas demandas? 

Atualmente, essas fontes são utilizadas principalmente para a geração de energia elétrica. No entanto, vimos aumentar o número de pesquisas e os investimentos na forma de conversão das fontes de energia primárias, como o sol e o vento, por exemplo, transformando a energia solar em energia térmica. Já existem no mercado, sistemas de alta eficiência que oferecem aquecimento de água para utilização em processos industriais a partir de aquecimento solar, possibilitando sistemas com temperaturas próximas a 200°C. Aplicações como esta criarão um cenário novo de oportunidades, com potencial de disrupção na forma que utilizamos a energia em geral. Nesse contexto, buscamos aproximação com fornecedores a fim de entender as novas tecnologias e as possibilidades e geradas, aumentando a redução do impacto ambiental e a eficiência técnica e econômica dos projetos que desenvolvemos.

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